Entendamos a mente deste grande gênio da Literatura Mundial!

O escritor e poeta português Fernando Pessoa foi um dos maiores ícones do modernismo em Portugal! Grande destaque no modernismo, por quê suas poesias e obras se configuram de acordo com a realidade do mundo em que vivemos e exaltando o retrato mais profundo de nossos sentimentos, nossos desejos mais desesperados. O poeta nascido em Lisboa no dia 13 de Junho de 1888, retrata a angústia e a frustração do ser humano em decorrer de seus desejos e ambições cheios de obstáculos, sem deixar de lado por nenhuma obra, o amor e sua linguagem romântica e melancólica.
O poema "O Amor" retrata características do modernismo que vivemos hoje, a conduta do iluminismo, sociedade movida apenas pela linguagem verbal, retratando a falta de inteligência emocional e sua capacidade de interpretar sentimentos.
Veja:
O Amor - Fernando Pessoa
O AMOR, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
- Análises e abordagens da poesia;
Já diz uma grande frase do Poeta Fernando Pessoa:
- O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deverás sentir;
Esta estrofe do poema "Autopsicografia" gira em torno do mundo atual em que vivemos, época essa em que os poetas não são muito bem-vindos. A nossa sociedade vive a era da vaidade, o que é uma grande arma para a invisibilidade do verdadeiro artista. Enquanto os poetas tentam retratar ao mundo a beleza da simplicidade, enxergam-se ao mesmo tempo em frente à depressão dita pela realidade: a realidade do vazio do mundo e da fugacidade de todas as coisas.
Enquanto os poetas se veêm cheios de amor e espírito, ao mesmo tempo se deparam com a ignorância, a vida fugaz coletiva e a sociedade iludida por imagens e materialismo, deixando o poeta a mercê de todos por não conseguir encontrar alguém com quem possa dividir suas almas, amores e sentimentos.
Agora nós realmente entendemos por que as poesias de Fernando Pessoa nos cativam tanto. Elas tocam a fundo nossos sentimentos.
Texto: Ramon Ribeiro dos Santos
Estudante de Letras da Universidade Asmec de Ouro Fino MG
Ênfase: Modernismo em Portugal